Por momentos, o Pai Natal só conseguia ver papéis de embrulho amarfanhados e laços coloridos que muitos pés, grandes e pequenos, calcavam sem reparar.
Estava na sua casa no Pólo Norte e seguia pela televisão a cerimónia do desembrulhar das prendas em todas as casas do mundo.
- Que pena que isto dá! - desabafou, enquanto uma lagriminha lhe deslizava pela face vermelhusca e se lhe ia dependurar da barba comprida.
- Ai que infeliz que eu sou! Ninguém dá prendas ao Pai Natal!...
Autor(a): Ana Saldanha
Editora: Editorial Caminho ou Campo das Letras (Esgotado ou não disponível)
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